"Imploro de todo o coração a Tua graça; compadece-Te de mim, segundo a Tua palavra." Salmo 119:58
O enfarte foi quase fatal. No dia 25 de Fevereiro de 1990, o coração de Terry Shiavo parou apenas por um instante, o suficiente para que o sangue deixasse de irrigar o cérebro. As consequências foram terríveis danos cerebrais. Na época, Terry tinha apenas 26 anos. No dia em que escrevi esta meditação ela faleceu, após quinze anos de sobrevivência em estado vegetativo. O seu caso deu volta ao mundo por causa de uma guerra judicial entre o marido e os pais dela.
Um instante. Foi apenas um instante em que o sangue deixou de irrigar o seu cérebro. Quando o cérebro voltou a receber oxigénio, já era tarde. A partir daquele instante, a vida de Terry foi horrível. Era uma vida “sem vida” e que deu origem à polémica sobre se valia ou não a pena deixar um ser humano viver nesse estado.
Tal como o cérebro precisa de oxigénio, o ser humano precisa de Jesus. Por isso, o salmista exclama: “Imploro de todo coração a Tua graça.”. Vivemos pela graça. Existimos pela graça e somos salvos unicamente pela graça.
Se a vida é um dom, não fizemos nada para a merecer. Um dom é um presente. Não se paga. Precisamos apenas de o aceitar.
Como é que reage diante de um presente? Geralmente, o valor que ele tem para si vai depender do sentimento que tem pela pessoa que lhe faz a oferta. Qual é o tipo de relacionamento que tem com Deus? É isso que vai determinar a sua forma de administrar o presente.
A única coisa que sustenta a vida é a graça maravilhosa de Deus. Separados de Deus já não vivemos, apenas sobrevivemos, às vezes em estado “vegetativo”, esperando que chegue o dia em que o coração pare de bater.
Transforme este dia num dia de comunhão com o Senhor da vida. Não precisa de pôr de lado as suas actividades habituais. Mas encare os desafios que se apresentam diante de si com a certeza de que não está sozinho. Deus é sua força constante. Ele está ao seu lado, mesmo que as circunstâncias adversas o tenham envolvido como densas sombras e não lhe permitam ver nada. Clame: “Imploro de todo o coração a Tua graça; compadece-Te de mim, segundo a Tua palavra.”.
in "Janelas Para a Vida" de Alejandro Bullón
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